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Segurança não é repressão

Fórum do dia 24 de junho debate segurança comunitária e cidadã



| Texto: Gabriela Villen | Imagens: Antonio Scarpinetti

Discutir segurança comunitária e cidadã na prática, a partir de exemplos de ações realizadas e com os diversos atores envolvidos é o objetivo do Fórum Permanente da Unicamp, que acontece no dia 24 de junho (quinta-feira), a partir das 14 horas. O evento é organizado pela Secretaria de Vivência nos Campi (SVC), em parceria com Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e o Núcleo de Estudos de Políticas Pública (NEPP). A proposta do Fórum é ir além das discussões abstratas sobre segurança comunitária e também da ideia de segurança como atividade policial e repressiva, a partir das experiências inovadoras desenvolvidas pela Universidade e seus parceiros. O evento é on-line e gratuito (confira a programação). As inscrições devem ser realizadas através do link.

"A ideia principal é uma segurança a serviço da comunidade e não para controlar a comunidade. É a segurança como um aspecto da vivência, da vida em comum, com atores orientados para escuta dos cidadãos e das cidadãs, e para perceber a pluralidade do meio", afirma Susana Durão, organizadora do Fórum. Ela ressalta o fracasso dos modelos de segurança ostensiva e reativa, que tem saturado o sistema prisional e os números de vítimas fatais. "Não é um sistema que tenha dado certo. Então porque não pensar em um sistema em que os cidadãos tenham confiança nos agentes de segurança? O aspecto principal é criar redes de confiança robustas, com certa solidez e manutenção no tempo", pontua.

Susana Durão é coordenadora da Secretaria de Vivência nos Campi e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Susana Durão, que está a frente da Secretaria de Vivência nos Campi (SVC) desde 2017, avalia que a experiência da Unicamp tem apresentado avanços e desenvolvido parcerias importantes. "Com a Secretaria de Vivência a gente deixou de encarar a segurança como mera vigilância patrimonial. A segurança universitária passou a ser construída como uma atividade de cuidar do bem estar geral a quem está na Unicamp, de quem atravessa, de quem usa o espaço do campus", afirma. Para ela, a Secretaria permitiu a profissionalização de toda essa área da segurança da Universidade e a evolução do olhar de uma vigilância simples para uma compreensão administrativa complexa de cada função da estrutura. "Segurança para a cultura da paz se constrói junto", acrescentou.

O Fórum está organizado em três mesas. Na primeira, às 14h15, José Dari Krein e João Pedro de Paula e Silva, do Instituto de Economia (IE), e Wagner Romão, do Instituto de Filosofia Ciências Humanas (IFCH) e Presidente da Adunicamp, discutem ações solidárias na segurança. Na segunda, às 15h10, serão apresentadas as ações do Observatório da Violência, Políticas de Segurança e Sistema Penitenciário e sua parceria com o SVC, pelos pesquisadores do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp). Na última mesa, às 16h10, participarão o Coronel Álvaro Batista Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar e assessor do secretário de segurança de São Paulo; Evaldo Coratto, coordenador geral dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo; Major Rafael Cambui, da Polícia Militar de SP; Neusa Monteiro Fernandes, presidente do Conseg de Barão Geraldo; Padre Antonio Rodrigues Alves, Presbítero da Arquidiocese de Campinas; e o Deputado Estadual Rubens Cláudio Siqueira Neri, primeiro sargento da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Confira a entrevista no podcast Repórter Unicamp: 

SEGURANÇA COMUNITÁRIA E CIDADÃ É TEMA DE FÓRUM COM INSCRIÇÕES GRATUITAS